sábado, 18 de abril de 2015

O inferno não existe. Penas eternas não existem. Deus é amor e sempre oferece oportunidades para a renovação da vida do espírito.



É o próprio espírito que inventa o seu inferno ou cria as belezas do seu céu. Emmanuel e Chico Xavier





Todos os espíritos que nascem no planeta Terra são imperfeitos. Possuem muita imaturidade e sofrem por terem uma sabedoria limitada.

Segundo várias doutrinas teológicas (protestantismo, judaísmo, islamismo, etc) este espírito imaturo possui apenas uma oportunidade. Uma única oportunidade (vida), de poucas décadas, para decidir como será sua vida durante milhões de anos.


Estas doutrinas religiosas, com algumas diferenças, pregam o seguinte: ao morrer, o espírito “adormece” até o dia do Juízo Final. Neste dia, Deus decidirá quem viverá eternamente bem ou viverá eternamente no inferno. Alguns poderão ser agraciados com a graça de Deus, outros sofrerão eternamente.

Neste ponto a doutrina espírita Kardecista difere radicalmente. Não há Juízo Final, não há penas eternas. Deus é amor, e em sua infinita bondade sempre permite que as pessoas evoluam e superem seus defeitos e imaturidades (e paguem pelos seus erros).

O livro Nascer Várias Vezes, pag.55, diz: “O desejo de Deus é que todos decidam espontaneamente cultivar o que é nobre, mesmo que seja no ... final de uma encarnação (na velhice) ou após várias encarnações. Aqueles que evoluírem rápido e os que evoluírem devagar chegarão no mesmo “lugar” e terão as mesmas “recepções” (benefícios)”.




Qual é a grande vantagem de evoluir mais rápido?


No livro temos a resposta: “Quem evolui rápido se poupa de sofrimentos, diminui o que terá que reparar e desfruta por mais tempo os benefícios que são próprios da evolução do espírito. Todos os espíritos evoluídos são unânimes em informar que existe um profundo deleite em se aproximar de Deus”.

Criar um espírito imaturo, colocá-lo em ambientes negativos e cobrar dele, por toda a eternidade, os resultados desta sua vida é um ato ilógico e pouco amoroso.


LEITURA RECOMENDADA





O que a Bíblia diz? Ela embasa a ideia do perdão e das múltiplas oportunidades para a evolução e aprendizado do espírito?

(DICA: outros textos Jesus e o Espiritismo: aqui, aqui ou aqui )


Abaixo você lerá um texto retirado do livro “O espiritismo e a Igreja reformada”. Autor: Jayme Andrade. Um dos melhores livros sobre a Bíblia e o espiritismo.


“Deus é amor (1.° João 4:16) e esse amor se reflete na atração universal que interliga todas as coisas, desde os elétrons em seu giro no interior do átomo, até as galáxias com seus imensos campos gravitacionais através do espaço infinito...  o Pensamento-Criador atua sem cessar em todos os quadrantes do Universo e, afinal, como disse o apóstolo Paulo: "Nele vivemos e nos movemos e existimos" (Atos 17:28).

"Deus quer que todos os homens se salvem e cheguem ao conhecimento da Verdade". (1.° Tim. 2:3/4). Ora, o que Deus quer, fatalmente se realiza, porque a Sua Vontade é suprema, não está sujeita às contingências próprias da vontade humana. Eu posso "querer", mas de quantas coisas depende a realização da minha vontade! Assim, o meu "querer" não passa de um "desejo" nem sempre realizável, porque sujeito às limitações inerentes à minha imperfeição. Mas a vontade de Deus é causa geradora, porquanto Ele é infinito em todos s seus atributos, do contrário não seria perfeito. Portanto, é inadmissível a mais leve restrição à sua soberana vontade, daí o afirmarmos que tudo o que Ele quer necessariamente acontece.




Se Deus é amor, os Espíritos saídos de suas mãos onipotentes são fruto desse trabalho de amor. Sendo criados ignorantes e naturalmente imperfeitos, a fim de que, através das experiências da vida, possam elevar-se gradualmente em conhecimento e virtude, para retornarem afinal ao seio do Criador e participarem da Sua glória... No que todos concordamos é que saímos das mãos do nosso Pai Celestial envoltos na auréola do Seu amor infinito, pois se "Deus é amor", tudo o que sai das Suas mãos é produto desse amor...

... é lícito concluir que esse Ente de afeição e de bondade (Deus) só pode criar as almas para fazê-las felizes e para que um dia participem da Sua glória, de modo algum para torná-las desgraçadas, ou para as condenar a sofrimentos eternos. Portanto, não nos parece lógico supor que esse Pai amoroso, sendo onisciente, e pois conhecendo de antemão o destino das almas por Ele criadas, sabendo que, segundo a ortodoxia cristã, a esmagadora maioria delas será fatalmente condenada à perdição eterna, mesmo assim continue gerando criaturas tão frágeis, tão suscetíveis de sucumbir às tentações; quando lhe seria mais fácil, uma vez que é onipotente, fazê-las mais perfeitas, ou pelo menos mais resistentes ao mal.


Daí o não aceitarmos, nós espíritas, a doutrina das penas eternas, visto nos parecer incompatível com a suprema bondade e a suprema justiça, qualidades excelsas e essenciais do nosso Criador e Pai.

Alega-se em defesa da eternidade das penas que a gravidade da falta é diretamente proporcional à importância da pessoa ofendida, e que assim uma ofensa dirigida a um ser infinito como Deus seria também infinita, implicando uma punição igualmente infinita. Mas esse argumento é especioso, porque sendo o homem um ser finito, de modo algum poderia cometer uma ofensa infinita, de sorte que a ofensa não guarda relação com a pessoa do ofendido, mas com a capacidade do ofensor. Nas próprias normas do nosso Direito Penai (arts. 22 a 24], observa-se a “inimputabilidade“ do delinquente por circunstâncias de idade, perturbação de sentidos ou alienação mental. Perguntamos: pode alguém de bom senso e no pleno domínio das suas faculdades sentir-se ofendido pelas diatribes que lhe dirija um doente mental? Pode um adulto consciente sentir-se atingido pelas injúrias que lhe dirija uma criança de tenra idade?... E não é infinitamente maior a desproporção que existe entre o Ser Supremo e a minha insignificante pessoa, do que a existente entre mim e uma criancinha que mal começa a ensaiar seus próprios passos? Então como posso eu, Espírito imperfeito, assim criado por Ele e que mal engatinha em sua peregrinação pelos caminhos do aperfeiçoamento moral, como posso ofender o Todo Poderoso ao ponto de merecer uma condenação a penas severas e inextinguíveis, por deslizes resultantes da imperfeição inerente à minha própria natureza humana? Não estaria aí a severidade da pena em brutal desproporção com a gravidade da falta?




(Nota do Regis Mesquitaperdoamos e não nos ofendemos se uma criança de 3 anos que nos bate e xinga. A lógica da educação e o ensinamento do perdão nos induzem a este comportamento. Será que Deus, em sua misericórdia, também não estaria disposto a perdoar estes seres pequeninos que somos nós?)

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... Jesus nos veio ensinar a amar os nossos inimigos, a perdoar indefinidamente as ofensas, a ver no Pai Celestial um ser compassivo e misericordioso, sempre pronto a acolher um filho que se transvia [ver parábola do Filho Pródigo].  O Deus que a ortodoxia cristã nos impinge é de uma severidade extrema, cominando penas que nenhum tribunal humano subscreveria, e ainda por cima irremissíveis, de nada adiantando, após a morte, o arrependimento dos ... condenados.


Ora, nós sabemos que a experiência na carne, por prolongada que seja, não passa de um instante fugaz em face da eternidade. Então temos de forçosamente concluir que a condenação a uma eternidade de sofrimentos por faltas cometidas durante tão breve tempo, não se coaduna com a ideia de um Deus justo, misericordioso e infinitamente bom.

E se Deus perdoa ao culpado que se arrepende de seus erros no curso da vida terrena, por que não poderá fazê-lo em relação aos que se arrependem depois da morte? De que serviria, então a "pregação do Evangelho aos mortos”', a que alude o apóstolo Pedro em sua epístola? (1 Pedro 4:6).

Pergunta-se: Depois da morte o ser conserva a sua individualidade ou não? Pode pensar, sentir, raciocinar? Pode arrepender-se de seus erros? Se se arrepende, por que não pode ser perdoado? Que Deus misericordioso é esse, que só perdoa as faltas de seus filhos durante a vida terrena, que é um átimo, e não perdoa durante a vida espiritual que dura a eternidade? Se Deus criou os homens para a Sua glória (Isaías 43:7), por que condenará a penas eternas aqueles que o invocarem? (Joel 2:32). Onde estão os fundamentos da ideia de que Deus só atende aos pecadores durante a vida corpórea? Como entender "a minha ira não durará eternamente" (Jer. 3:12), se as almas são condenadas pela eternidade? Como pode alguém "amar a Deus sobre todas as coisas" (Deut. 6:5) se entender que esse Deus é um tirano, que condena o pecador a penas eternas e não lhe perdoará após a morte, por mais que se arrependa? Um  tal Deus não poderia ser amado, mas apenas temido (Salmo 89:7).


O próprio Jesus foi pregar aos Espíritos em prisão (mortos) (1 Pedro 3:19). Por que foi Ele pregar, se os mortos não se arrependem? Observe-se que não se trata da expressão "mortos em delitos e pecados", pois logo o versículo seguinte esclarece:  "Os quais noutro tempo foram desobedientes, quando a longanimidade de Deus esperava, nos dias de Noé". Portanto, Espíritos que haviam vivido na Terra ao tempo de Noé e a quem Deus concedeu nova oportunidade, através da pregação de Jesus. E se o destino dos mortos é irremissível, por que se batizavam por eles os primitivos cristãos? (1.° Cor. 15:29)”.



Comentário de Regis Mesquita: 

o bem fundamentado texto do Jayme Andrade nos ensina a importância do estudo da Bíblia pelos espíritas e espiritualistas. Nela existe muita sabedoria acumulada por milênios que deve ser aproveitada para o estudo e a instrução.

A verdade é que Deus não desiste dos espíritos que Ele cria. Deus não maltrata, Deus ensina. Deus apoia, Deus orienta. Quando Deus é duro é para educar. Deus concede oportunidades e quem aproveita evolui mais rápido e enfrenta com mais sabedoria os desafios da vida.

Sempre há oportunidades, sempre há soluções. Em um mundo repleto de amor também existe sofrimento. Mas, o sofrimento que é efetivamente sentido no interior de cada um será proporcional à sua evolução (qualidades + sabedoria + sensibilidade + maturidade) de cada um.

Ou seja, o mesmo desafio causará maior ou menor sofrimento dependendo da evolução espiritual da pessoa. Quanto mais qualidades, sabedoria, sensibilidade e maturidade, menor será o sofrimento frente aos mesmos problemas.

A mentalização 18, do Site Caminho Nobre nos ensina:

“Serei o que Deus quer de mim:
criarei paz em meio à tempestade,
criarei bondade em meio à bonança.
Está em mim a solução,
somente em mim, em comunhão com Deus.
Eu aceito as provas que chegarem,
e lutarei para criar a paz em minha mente."


Evolua, melhore, desenvolva, aproveite as oportunidades de exercitar tudo de nobre que há dentro de você. É assim que o sofrimento é superado. É assim que você se transformará ao longo de milênios de vida encarnada ou desencarnada. Deus não desiste de ser útil e de auxiliar, este é o princípio da caridade que Ele pratica e orienta que todos pratiquem.

Penas eternas não existem. O inferno não existe. Aliás, o “inferno” só pode ser criado por você no seu interior, gerando sofrimentos que podem durar anos, décadas, séculos ou milênios. Mesmo nestes momentos em que você ajuda a gerar seu sofrimento, haverá oportunidades para mudar e se transformar. Deus nos ensina a sermos responsáveis conosco, porque Ele assume a Sua responsabilidade sempre. Deus nos ensina a praticar a compaixão, bondade e caridade, porque é assim que Ele age.

A mudança interior (completude e reforma íntima) e a sintonia com o que é nobre rompem com o sofrimento e geram a paz.


Autor: Regis Mesquita
Contato e Terapia: regismesquita@hotmail.com


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